segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A vida que a gente leva


Estão tentando me ensinar a não levar a vida tão a sério, a deixa ela seguir o próprio fluxo um pouco. Sem forçar oportunidades, momentos, encontros, risos.
É difícil, mas estou tentando.
Às vezes paro e penso que com esta forma de pensar que estou construindo eu poderia ter aproveitado muito mais vida. 
Claro que não me arrependo de meus atos, afinal foram eles que me levaram até este exato momento hoje, escrevendo exatamente sobre isto. Isso é vida.
Mas me refiro àqueles momentos dos quais eu poderia ter desfrutado muito mais, aproveitado muito mais. Sem levar tudo tão a sério.
Não sei o que há comigo, talvez seja a minha crise dos 40 aos 18 anos. Precoce e ruim.
Queria ter rido um pouco mais das piadas que me contaram, queria ter gritado um pouco mais de alegria quando pude. Queria ter rido ao invés de xingado um comportamento. 
Sou tão jovem, porque reprimir a felicidade espontânea? Porque?
Hoje eu entendo que poderia ter aproveitado bem mais cada segundo dos meus dias, mas é claro que eu não teria chegado a esta conclusão sem te-los desaproveitado, portanto estou feliz.
O aprendizado na vida é muito constante, mas para mim, de apenas 18 anos e uma longa vida pela frente, às vezes eles parecem muito mais esclarecedores do que para outras pessoas.
É por este aprendizado que tenho tanta gana de fazer com que as pessoas que eu amo entendam que eu quero aproveitar muito mais ao lado delas. Sem tanta cobrança, sem tanta seriedade. Quero que elas me ajudem nisso, pois preciso delas.
É por este aprendizado que não quero deixar mais nada passar voando por mim sem eu aproveitar um pouco mais, viver mais aventuras. É por isso que eu quero degustar a vida como ela é e não como eu quero que ela seja, afinal o verdadeiro sabor dela é o que eu não meti a mão.
E é por este aprendizado que eu quero viver um pouco mais, mas um pouco de cada vez, não tudo ao mesmo tempo. Quero deixar o relógio contar as horas da maneira que ele quiser, pois eu não sou mais tão escrava dele. 
Poxa! Eu tenho apenas 18 anos, porque ser tão obstinada em ser perfeita, organizada e responsável?
Não são as grandes merdas feitas que a gente se lembra depois? Eu quero fazer as minhas e rir delas no futuro, sem medo de julgamentos e sem pesar nenhum. Quero ter histórias pra contar, quero poder dizer a todos o quanto sou feliz por ser do jeito que sou e não haver problema algum nisso.
Eu quero e eu vou, mas preciso contar com a ajuda de todos vocês meus amigos, pessoas que eu amo. É só com vocês que eu poderei ter tantas histórias para contar e aproveitar cada segundinho a mais.

Afinal, o que se leva da vida é a vida que se leva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário